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André, o primeiro discípulo de Cristo

Atualizado: 12 de fev.

André (seu nome significa valente), oriundo da Galiléia, nascido em Betsaida, mais tarde passou a residir em Cafarnaum.

Igreja em Patras, Grécia, local da crucificação de André
Igreja em Patras, Grécia, local da crucificação de André

Filho de uma mulher chamada Joana e de um homem pescador por nome de João, tinha um irmão que atendia por Simão, e, que mais tarde foi chamado por Jesus de Pedro. O nome de seu pai era pronunciado de forma diferente do que transcrevemos hoje, chamava-se YONAH, ou Jonas como o nome do profeta engolido pelo grande peixe.

Betsaida, cidade natal de André estava próxima a GATE HEFER, cidade onde nascera também o profeta Jonas, e que, atualmente está situada a moderna aldeia muçulmana de Mash'had, suposto local do venerado túmulo de Jonas. Isto se justifica, porque Betsaida ficava distante, uns 40 Km a leste de Nazaré, na costa norte do mar da Galiléia em Israel, e meio a cultura tradicional da pesca passada de pai para filho, era propício e de muita frequência o pai de família chamar seu filho de Jonas por exercer a profissão de pescador. Outro Jonas que podemos destacar é João, o apóstolo que também exercia a profissão da pesca.


O significado do nome de André nos traduz um perfil de sua pessoa, um homem de personalidade social, das sete vezes em que é mencionado nos escritos sagrados, nunca estava só, o que transparece ser um homem de grande facilidade para amizades, de aspirações e de esperanças nacionalistas, bem expressadas em sua afirmação: "Achamos o Messias", para o seu irmão Pedro. Homem religioso, mais preocupado com as questões relativas à alma, do que com a própria pescaria, digno de mérito pelo simples ato de deixar suas redes e caminhar um longo trecho no vale do rio Jordão até chegar a Betânia no outro lado do Jordão e defronte a Jericó, pois certamente havia ouvido falar de João, o Batista e de suas pregações poderosas, de palavras de autoridade, muito diferente dos fanáticos entusiastas com suas teorias prontas.


Estas prerrogativas que ali encontrou André, ouvindo os ensinamentos de João Batista, o modo como este homem vivia, livre, rude, singelo e sem ambição alguma, desraigado das coisas terrenas e de qualquer reconhecimento ou fama, certamente respondeu as suas questões com respeito aos assuntos de ordem espiritual e casaram com a sua personalidade, tanto que André tornou-se discípulo de João Batista e passou a servi-lo e batizar tantos outros que chegavam e esta convivência. Esta escolha de André o preparou para o maior advento de sua vida, o encontro com o Messias, de tal forma que quando Jesus foi anunciado por João Batista – 29 No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30 Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um homem que é antes de mim, porque foi primeiro do que eu. (Jo 1 29.30) – André foi de imediato ao encontro do Messias.


Nesta mesma época João, o futuro apóstolo, certamente tenha sido um seguidor de João Batista, no mesmo período em que André decidiu seguir a Jesus Cristo. Passadas algumas horas com Jesus, sem demora André procurou o seu irmão Simão e mais tarde a Felipe e os apresentou ao Mestre. A partir deste ponto é de suma importância que nos atenhamos aos detalhes, para que, não cometamos o erro de pensar que Deus é um manipulador de homens. Ao lermos o livro de Mateus cap. 4. 18 a 22, Lucas cap. 5 11 e João 1 35.50 de forma literal e sem atenção, somos levados a pensar que pelo poder sobrenatural de Jesus, estes homens abandonaram seus ofícios e seguiram-no de imediato sem questionar nada. Mas isso não é possível e não foi isso o que ocorreu.


Devemos levar em conta a escassez de informações históricas sobre os apóstolos, pois os registros de suas ações e de suas vidas não eram a preocupação dos escritores antigos e tão pouco não havia preocupação com a ordem cronológica dos fatos registrados. Assim sendo MCBIRNIE em: En Busca de los Doce Apóstoles nos sugere a seguinte cronologia de acontecimento dos fatos:


Embora André já estivesse com Jesus e apresentado a Pedro e a Felipe, este ainda não era um discípulo de Jesus. Ordenando a sequência dos eventos podemos observar que André mesmo após Jesus se fazer conhecido por seu irmão e a Felipe , ele André, era um espectador interessado, observando Jesus muito de perto. Para deixar mais claro esta questão, veja que Jesus após seu batismo tem um encontro com dois dos discípulos de João Batista, sendo um deles André, e passam algumas horas com Ele e então Cristo retira-se para deserto, passam-se quarenta dias de tentação satânica no deserto, Jesus retorna e leva com consigo Pedro, André, Felipe e João a Nazaré. Estando em Nazaré surge então a oportunidade de acompanhar Jesus a uma festa familiar em Caná a apenas nove kilômetros e meio de onde estavam, e naquele lugar presenciaram o primeiro milagre de Jesus. Logo após este fato Jesus os leva a uma volta de pregações pela galiléia e por fim a Jerusalém quando o viram limpar o templo. Mas em todo este tempo acompanhando Jesus, ainda não eram seus discípulos. Acabaram por regressar a galiléia e aos seus trabalhos de pescadores e também não é possível saber quanto tempo se passou até que um dia Jesus veio a costa da galiléia, mais precisamente na região de Cafarnaum, e neste lugar encontrou novamente a André e Pedro. E neste momento é feito o convite para deixarem as redes e seguirem-no. Vemos Jesus dirigir a palavra a André e a Pedro, conforme Mt 4.18.19 : 18  E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; 19  E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. A partir deste momento André estava designado como discípulo de Jesus, e teve algo em torno de dois anos e meio de aprendizado com o Mestre. 

MCBirnie, En busca de los doce apostoles, p. 55

Após a ascensão de Jesus, André é citado pela última vez no livro de Atos, onde é mencionado como apóstolo. Todavia se as escrituras não o mencionem mais, devemos entender que André pertencia à igreja de Jerusalém, se fazia presente naquele lugar e ali ministrava. Não há informações de como e quando André partiu de Jerusalém, é possível que tenha saído por causa da perseguição aos cristãos que se instaurou na cidade, ou, até mesmo por vontade própria. O que se pode rastrear de André é somente através das tradições que o cercam. Lançando mão destas tradições é possível perceber o empenho e dedicação de André em levar a mensagem do evangelho a lugares longínquos e desconhecidos, esta atitude retrata a semeadura de João Batista e o crescimento e maturação espiritual, finalizadas por Jesus. Os traços de ousadia e determinação em prol das boas novas são muito evidentes, como veremos descrito nas tradições a seu respeito.


AS TRADIÇÕES


As tradições que permeiam os apóstolos contribuem significativamente para compreensão de suas vidas e obras à medida que a arqueologia avança em novos descobrimentos, mais verdadeiros tornam-se algumas destas tradições, mitos e lendas.

O legado do ministério de André é envolto de tradições comoventes. Conforme descrito por EUSEBIO (HE III, 1,1) na região chamada Cítia e fronteira com a Partia, sul da Rússia, região leste do Mar Negro, André era conhecido como o santo patrono da Rússia, dado ao fato de estar anunciando o evangelho naquela região. Concordando com Eusébio há ao menos duas obras primitivas consideradas apócrifas “Os atos de Santo André e São Bartolomeu” trazem informações sobre o trabalho missionário entre os partos. A segunda obra "The Martydom of St. Andrew [O Martírio de Santo André] o apóstolo teria sido apedrejado e crucificado na Cítia. A segunda tradição e de aceitação mais comum entre os eruditos, nos fala de André e seu ministério em território grego.

Esta trás a decisão do Procônsul, Romano de nome Egates, em aprisionar e crucificar André, por motivo de sua nobre esposa Maximila distanciar-se dele após ter ouvido a pregação do apóstolo e converter-se ao cristianismo. O apóstolo foi sentenciado ao cárcere, açoite e crucificação. A cruz usada para crucificá-lo tinha um formato de "X", conhecida até os dias atuais como a cruz de Santo André. Uma terceira tradição sobre a vida missionária de André relata sua estadia por um período de tempo em Éfeso, e também na Ásia menor onde circulam lendas que João escreveu seu evangelho após André ter recebido uma revelação. Com todas estas tradições é provável que fiquem dúvidas onde exatamente André exerceu seu ministério e de que forma tenha findado a sua vida. Alguns autores propõe a explicação com as seguintes citações:



"A primeira vista estas três tradições poderiam parecer contraditórias. Porventura, são complementares. Depois de tudo, André deve haver servido em algum lugar da terra, e se não morreu em Jerusalém é bem provável que tenha ido a Ásia Menor para estar com o seu velho amigo João. E também é razoável que por um tempo tenha ido mais distante, a Cítia. Os citas são mencionados no Novo Testamento. Logo, é provável que André tenha retornado a Ásia Menor, porque é o ponto territorial natural da Rússia e Grécia. Também é provável que André tenha trabalhado durante um tempo nas proximidades de Éfeso, e finalmente tenha ido a Grécia durante os últimos anos de sua vida. É provável que ali tenha ofendido o governador, como diz a tradição, por haver ganhado a sua esposa a fé de Cristo. E que o governador, em vingança, fez que este pregador da Cruz morresse ele mesmo em uma cruz em Patras. Durante os primeiros séculos era frequente que os nobres, especialmente as mulheres, se convertessem ao cristianismo. Não há nada nesta tradição que possa considerar-se impossível ou inacreditável."
 
MCBirnie, En busca de los doce apostoles, p. 57-58 


Ele ainda acrescenta um importante registro encontrado em um antigo livro escrito em grego Koinê, na cidade de Patras na Grécia que relata a história do Apóstolo André. Segue a parte inicial do texto traduzido:



 "A Santa Tradição diz que André foi ao pé das montanhas do Caucaso (Hoje a Geórgia, na Rússia), e pregou a raça dos Citas muito além do Mar Cáspio. Finalmente chegou a Bizâncio(a atual Istambul), e ali ordenou a Bispo Tachis. André foi encarcerado e apedrejado e sofreu muito por Cristo. Em Sinope sofreu a ameaça de ser comido vivo por canibais. Apesar disso continuou seu labor apostólico de ordenar sacerdotes e bispos e difundir o Evangelho de Jesus Cristo o Salvador. De Bizâncio continuou até a Grécia para realizar a sua principal viagem apostólica. Viajou a Trácia e Macedônia e desceu pelo Golfo de Corinto até Patras. Foi ali onde André pregaria o evangelho de Cristo pela última vez." 

MCBirnie, En busca de los doce apostoles, p. 61

No livro Apócrifo Atos de André está escrito o que seria o diálogo do apóstolo com o governador romano Egates. O texto em questão narra o conflito entre os dois e o martírio final de André. Atribui-se esta obra aos "bispos e diáconos das igrejas da Acaia" e a julgar pelo testemunho e confissão de fé, se tem a ideia de quão magnífico foi o trabalho deste apóstolo pelas regiões onde passou. Este relatam:

Nós todos, ambos os presbíteros e diáconos das igrejas da Acaia, vimos com os nossos olhos, nós escrevemos a todas as igrejas estabelecidas em nome de Jesus Cristo, tanto no leste e oeste, norte e sul. Paz para vocês, e para todos os que crêem em um Deus, perfeito Trindade, verdadeiro Pai não gerado, verdadeiro Filho unigênito, verdadeiro Espírito Santo que procede do Pai, e habitando no Filho, a fim de que não pode ser mostrado um Espírito Santo subsistindo no Pai e Filho em precioso Divindade. 

              Esta fé que aprendemos com o bem-aventurado André, o apóstolo de nosso Senhor Jesus Cristo, cuja paixão nós, depois de ter visto estabelecido diante de nossos olhos, não hesitaram em testificar, de acordo com o grau de capacidade que temos. 

Tendo o procônsul Egates vindo à cidade de Patras, começou a obrigar aqueles que haviam crido em Cristo a adorarem os ídolos. A este, o bendito André, correndo para cima, disse: 'Convém que, sen­do juiz dentre os homens, conheças Aquele que é teu Juiz, que está nos céus e que, uma vez o conhecendo, adore-o e, tendo-o adorado, faças desviar teus pensamentos daqueles que não são verdadeiros deuses.’

Sendo reconhecido pelo Procônsul, o apóstolo não recua, mantém suas palavras de exortação:


"Os imperadores romanos nunca reconheceram a verdade. Quanto a esta, o Filho de Deus, que veio para salvar os homens, manifestamente ensi­nou que estes ídolos não apenas não são deuses, mas representam os mais sordidos demónios, hostis à raça humana. Ensinam os filhos dos homens a desobedecerem a Deus, de forma que Este não Se volte para eles e não os ouça." 

Egates responde com duras ameaças de tortura e punição com crucificação por se recusar terminantemente a sacrificar aos deuses. O apóstolo é apriosionado enquanto aguarda sua execução. Os povoados ao redor de Patras receberam a notícia do que havia ocorrido com André e reunindo-se em meio a uma revolta contra o veredito do governador, planejaram libertar o apóstolo a força. Ao contrário da vontade da multidão, André, já convicto do propósito de que havia chegado o momento de testificar a fé em seu Mestre, com o seu próprio sangue derramado repreende-os dizendo:

"Não transformeis a paz de nosso Senhor Jesus Cristo em sedição e em levante diabólico. Porquanto, meu Senhor, quando foi traído, tudo supor­tou com paciência. Não murmurou nem alçou sua voz, tampouco ouviu-se nas ruas seu clamor. Portanto, vós, da mesma sorte, mantende-vos em silêncio e em paz, não impedindo meu martírio. Antes, preparai-vos tam­bém, de antemão, como atletas do Senhor que sois, para que possais vencer as ameaças, com uma alma que não teme o que possa fazer o homem (...). Pois, este perecimento não é para ser temido, mas sim aquele que é eterno."

Após atravessar a noite no cárcere, admoestando a multidão que o tentava libertar, André é conduzido ao tribunal diante de Egates. Os primeiros raios do Sol ainda não haviam aquecido a manhã, quando as primeiras palavras do magistrado romano se dirigem ao apóstolo, na vã tentativa de dissuadi-lo da doutrina pela qual se dispusera a morrer.


"Considero que tu, refletindo ao longo da noite, voltaste teus pensamen­tos da tolice, tendo desistido da comissão de Cristo, para que permaneças entre nós, não lançando fora os prazeres da vida. Pelo que, seria grande estupidez enfrentar os sofrimentos da cruz por quaisquer que sejam os propósitos, entregando-se à mais humilhante de todas as punições." 

Sendo, pois, convidado pelo Procônsul a retratar-se de sua fé e a estimular os demais a fazerem o mesmo, o santo decididamente replica.


"Ó filho da morte e palha preparada para o fogo eterno, ouvi-me a mim, o servo e apóstolo de Jesus Cristo. Até agora tenho contigo gentilmente conversado acerca da perfeição da fé, a fim de que tu, após ter sido exposto à verdade, pudesses te tornar perfeito como seu defensor e, assim, desprezar os ídolos vãos e adorar apenas a Deus, que está no céus. Entretanto, já que permaneces na mesma impudência e pensas que me assustas com tuas ameaças, traga sobre mim, pois, aquilo que julgas ser a maior de todas as torturas." 

Enfurecido por essa audácia sem precedentes, o Procônsul ordena que André seja entregue nas mãos dos verdugos, (Os verdugos eram guardas de prisão do tempo de Jesus, que tornavam a vida do prisioneiro mais amarga que com uma vara ou um chicote, espancavam diariamente os criminosos. E não eram cidadãos romanos, mas sim bárbaros recrutados pelo império para esta função) a fim de ser castigado com grande severidade. Perturbado, entretanto, com a determinação do santo, Egates renova sua oferta de clemência ao já afligido apóstolo, se este abjurar sua fé publicamente. Como sua recusa se mostrasse definitiva, Egates de­termina a imediata crucificação do evangelista.


Conta-nos a lenda que uma multidão de cerca de vinte mil cristãos se­guia inconsolável o condenado em direção ao local da execução. Após André ser içado no madeiro, um certo Estratocles, discípulo seu, percebendo que os executores se afastaram, aproximou-se a fim de consolar seu mestre em seu sofrimento. Ao encontrá-lo sorrindo diante do summum suplicium – como era chamada a crucificação – o fiel lhe fala:


"Por que razão estás sorrindo, ó André, servo de Deus? Teu sorriso nos faz lamentar e chorar, porquanto nos encontramos privados de ti." 

Ao que André lhe responde:



Não devo eu rir-me, meu filho Estratocles, diante do esgotamento das estratégias de Egates, através das quais pensava vingar-se de nós? Nada temos com ele, tampouco com seus planos. Ele não pode ouvir, pois se pudesse, teria aprendido, por experiência, que o homem que pertence a Jesus não pode ser punido

Como o sofrimento do apóstolo se prolongou por mais de quatro dias, a população de Patras voltou-se enraivecida contra Egates e pressionou-o fortemente a libertar André. Temeroso de que uma negativa pudesse transtornar a situação num levante de grande proporção, o Procônsul decide, a contragosto, atender os rogos da multidão.


Ao aproximar-se da cruz em forma de X, sobre a qual André pendia agonizante e tendo atrás de si a multidão que bradava jubilosa-mente, Egates ouve surpresa a veemente recusa do santo em aceitar sua repentina e duvidosa demonstração de misericórdia. Insistindo para que os presentes não o impedissem de glorificar a Deus com aquele suplício, André entrega seu espírito e parte para o Senhor, diante do olhar carregado da multidão que dele aprendera acerca do Evangelho. Maximila, a nobre esposa de Egates, que também se tornara uma cristã por intermédio de André, ao saber que o santo havia partido para o Senhor, dirige-se apressadamente para o local da crucificação e, após auxiliar na retirada do corpo, ocupa-se de sua preparação, untando-o com custosas especiarias e ofere­cendo para o sepultamento um espaço em seu próprio jazigo. Conta à lenda que Maximila, tendo decidido abandonar o Procônsul, deixou-o sobremodo perturbado, de modo que este planejava enviar a César pesadas acusações contra sua esposa e os demais cristãos da cidade. Contudo, na calada da noite, enquanto elaborava os detalhes do documento, Egates, terrivelmente oprimido por demónios, lançou-se de grande altura, vindo a despedaçar-se em frente ao mercado público de Patras. Conquanto outros relatos estabeleçam o martírio do apóstolo entre 68 e 69 A.D., esta lenda encerra a descrição da saga de André em Patras, datando de modo impreciso sua passagem ali:



"Essas coisas se pasmaram no dia anterior às calendas de dezembro, na província da Acaia, na cidade de Patras, onde seus maravilhosos feitos permanecem até o dias de hoje, para a glória e o louvor de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém." 

É inegável desde o primeiro momento em que podemos conhecer um pouco mais da vida de André, sua dedicação e amor ao evangelho. Sentimentos estes que possam ter despertados desde o primeiro instante ao ver Messias diante dele. O início de sua caminhada em busca da esperança prometida nas escrituras o torna discípulo de João Batista e completa seu aprendizado na companhia de Jesus. Prova contudente de conversão e visão de Reino de Deus. Dedica-se a missão de levar a palavra de salvação aos lugares mais longínquos, sendo açoitado, apredejado, encarcerado e tantas outras aflições, sendo lendas ou não, que jamais poderemos saber ou comprovar, mas que de todas as situações nunca houve desânimo. Mesmo ao fim de sua vida atado a uma cruz, admoestava, ensinava e podemos imaginar tantos quantos chegaram a Jesus ainda nestes últimos momentos. O evangelho autêntico de Cristo promete salvação, não promete uma tranquila e serena caminhada pela trilha da morte, mas uma chegada segura.


Referências bibliográficas BUCKLAND, Rev. A. R. Dicionário Bíblico Universal. São Paulo: Ed. Vida, 1981, 453 p. ALMEIDA, João Ferreira de. Revista e Corrigida. Edição de 1995. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995. 1408 p MCBIRNIE, William Steuart., En Busca de los Doce Apósteles. Carol Stream, Illimois: Tyndale House Publishers INC. 271 p. DeBarros, Aramis C., Doze Homens, Uma missão. Curitiba: Ed. Luz e Vida 3a Edição. 2001. 338 p. ASIAIN Justo. Os amigos de Jesus. São Paulo: Ed. Loyola. 1983. 108 p. ELLIS Percy E., Os amigos de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 5a Edição, 1987. 210 p.

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