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A Serpente de bronze

Atualizado: 12 de fev.

No diálogo de Jesus com Nicodemos ele afirmou que: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também o Filho do Homem deve ser levantado; para que todo aquele que nele crê tenha vida eterna (Jo 3: 14-15).


No diálogo de Jesus com Nicodemos, Ele afirmou que: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também o Filho do Homem deve ser levantado; para que todo aquele que nele crê tenha vida eterna (Jo 3: 14-15). Nesta afirmação Jesus está assegurando a sua autoridade diante de Nicodemos.


Como Filho do Homem, Jesus fará algo semelhante ao que a serpente de Moisés fez quando Israel vagou no deserto. Este símbolo também era bem conhecido de Nicodemos. A história narrada em Números 21.4-9 é muito apropriada. Os israelitas daquele tempo eram desobedientes, ingratos e hostis ao mensageiro de Deus. Logo uma praga de serpentes irrompe aos israelitas por falar “contra Deus e contra Moisés” (Nm 21:5), serpentes mortais começam a atacar o povo. Deste modo o Senhor condenou seus atos ordenando a punição. A picada era mortal e não havia esperança de recuperação.


Quando as pessoas clamam por ajuda, Deus diz a Moisés para criar uma serpente ardente de bronze ( נָחָשׁ שָׂרָף;nahash sharaf), símbolo do seu juízo, e a levante numa base no acampamento, para que, quando o povo contemplasse a serpente de Moisés, fossem salvos (Nm 21: 6-9). À luz do contexto da Torá, a analogia que João faz entre a salvação milagrosa da serpente de Moisés e o Filho do Homem é clara: Assim como a serpente em Números salvou Israel da morte certa, o Filho do Homem celestial oferece vida eterna: É preciso confiar e olhar com fé para o Filho do Homem.


Mas por que Moisés fez uma imagem de uma serpente e não outra coisa? Afinal, a serpente (nahash) parece uma escolha estranha como um meio para a salvação, uma vez que a serpente no Jardim do Éden leva Adão e Eva a uma perda da vida eterna. Rabinos antigos ensinavam que a cura milagrosa de Deus sempre pode ser distinguida de uma cura mundana mais comum. Quando um médico faz seu trabalho, ele fere o paciente com uma lâmina e depois o cura, colocando bandagens. Mas “diferente de um médico, Deus fere e cura pelos mesmos meios” (Midrash - Êxodo Rabá 26:2).


O cajado de Moisés era simultaneamente uma vara de bênção e uma ferramenta de grande destruição. Da mesma forma, o dilúvio nos dias de Noé trouxe morte e julgamento, mas também renovou a terra e a humanidade. E é por isso que, quando Israel está no deserto, uma cobra mata, mas outra dá vida. A cobra que nos lembra nossa rebelião mata, mas quem não tinha pecado se tornou uma oferta pelo pecado (2 Cor 5:21) para nos trazer vida.



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