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Páscoa e o fim dos tempos

Atualizado: 12 de fev.

Nós que estudamos da Bíblia estamos bem cientes do fato de que Jesus celebrou a Páscoa e que sua celebração desta festa mosaica deve moldar nossa compreensão da Ceia do Senhor.

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Mas, embora nossos estudos enfatizem o significado salvífico da Páscoa, nós praticamente ignoramos o seu importante contexto escatológico. (Para os novos na fé, a escatologia geralmente se refere aos acontecimentos futuros, ao final da história).

Meditando no texto do livro de Mateus 26:26-29, que descreve a última ceia antes da crucificação, levanta-se a questão:

O que a Páscoa tem a ver com a escatologia em Mateus 26:26-29?

Bom, A Páscoa evoca a história do êxodo e a libertação de Deus ao povo judeu da escravidão. A Páscoa também evoca a história do Monte Sinai e a ratificação da aliança mosaica que formalmente estabeleceu Israel como nação. A declaração de Jesus de que "este é o meu sangue da “Nova” aliança" neste texto de Mateus, ecoa claramente as palavras de Êxodo 24.8: "Este é o sangue da aliança."

A palavra "nova" não é encontrada em todos os manuscritos. De qualquer forma, o Messias estabelece aqui uma Nova Aliança, prometida ao povo judeu em jeremias 31:30-33 (31-34): Essa Nova Aliança não revoga as anteriores dadas por Deus. No entanto, as cinco maiores alianças de Deus - feitas com Noé, Abraão, Moisés, Davi e Yeshua - permanecem fortes nos dias de hoje.

E neste caso é importante que estejamos sempre as relembrando:

1 – A primeira grande aliança - É a Aliança de Deus com a raça humana, por meio de Noé (Gênesis 9) e esta é, na tradição judaica, a base para certas leis pelas quais os gentios recebem a sal­vação. No entanto o Novo Testamento afirma que tanto a salvação dos gentios quanto a dos judeus é apenas por intermédio de Yeshua. E as mínimas condições para a aceitação dos gentios no Corpo do Messias, é acenada pelo Concílio de jerusalém (em Atos 15), paralelamente às Leis de Noé.

2 – A segunda grande Aliança - É a Aliança de Deus com Abraão (Gênesis 12. 13, 15, 17) que criou o povo judeu. Com exceção pela exigência da circuncisão, é uma aliança incondicional que promete que os judeus serão uma bênção para toda a humanidade. Isso provou ser verdadeiro especialmente por Yeshua, o Messias ser a “semente de Abraão" (Gálatas 3:16), que veio à frente entre o povo judeu e cujo governo sobre todas as nações se estenderá a partir de Jerusalém a capital dos judeus.


3 – A terceira grande Aliança - É a aliança de Deus com o povo judeu que por meio de Moisés, proviu a Lei para exortá-los e guia-los por um caminho reto, para aumentar o cuidado com o pecado e com a necessidade de arrepender-se e ensiná-los a aceitar a provisão de Deus com o objetivo de curar a separação de Deus causada pelo pecado do homem – iniciando primeiramente com o sacrifício de animais e, na plenitude dos tempos, por meio do sacrifício de Yeshua.

4 – A aliança de Deus com Davi (2 Samuel 7) – Esta é a qual estabeleceu o trono eterno Dele. Por esta razão o esperado Messias foi, e é chamado Filho de Davi. Yeshua, o Messias, um descendente de Davi, irá ascender ao trono na boa hora de Deus.

5 – A aliança de Deus com a casa de Israel e a casa de Judá - (Jeremias 31) por Yeshua, o Messias, pela qual abençoa toda a raça humana pela provisão final e a permanente expiação do pecado e pela promessa de que o Espírito Santo de Deus irá escrever a LEI no coração de todo aquele que tiver fé. Ele assim complementa, pontecializa as alianças iniciais sem anulá-las (Gálata 3). Foi prometido na Tanach, e Todos os livros do Novo testamento foram elaborados e cima disso.

Mas, a celebração da Páscoa naquele dia por Jesus foi mais do que apenas um memorial da redenção do passado de Israel; foi também uma celebração da futura restauração de Israel. A celebração da Páscoa evocou o tema do novo êxodo escatológico.

Os textos bíblicos como Isaías 11:15-16 e Ezequiel 20:33-38 revelam que os profetas de Israel se apropriaram da linguagem do êxodo para descrever o retorno de Israel do exílio e a inauguração da era messiânica.

Da mesma forma, no material rabínico, o Êxodo é entendido como um paradigma da futura redenção de Israel. Muitos desses textos expressam a crença de que o Messias apareceria durante a noite da Páscoa. Por exemplo, em Mekhitla Êxodo 12:42, está escrito:

“Esta noite se guardará ao Senhor, porque nela os tirou da terra do Egito; esta é a noite do Senhor, que devem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações.” ou seja, na melhor interpretação do versículo:

"Naquela noite eles foram resgatados e naquela noite, no futuro serão resgatados".

De acordo com o Novo Testamento, Jesus inaugura a Nova Aliança descrita pelo profeta Jeremias no capítulo 31, que produz o perdão dos pecados. É este evento que acionou o plano de Deus para restaurar Israel!

Logo, a resposta para a pergunta inicial é:

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